Parece que foi ontem mas, na realidade, já passou um mês...
Regressar aquela casa sente-se logo a tua falta... Aquele sofá, aquele quarto, aquela casa estão mais vazios!
Sinto falta de ir na procissão e quando passava a porta de casa, lá estavas tu à janela! Quando estou a começar já não há quem mande vir a dizer que eu não comi nada, apesar do prato já estar vazio... Já não me perguntas para onde vou, se já vou no carro sozinha, o que vou fazer, para ligar assim que chegar! Já não posso dizer então Eduarda? Como é que isso vai?
Recordo uma das últimas vezes que saí sozinha contigo, já mal andavas... Mas quiseste ir até à igreja e lá estive contigo, apesar de quase teres caído 2 vezes pelo caminho...
Um dia mandaste-me à padaria que ficava ao pé da ponte, mas lá viste que eu não sabia onde era... Foste atrás de mim e quando eu já ia a chegar a ponte chamas-te e riste-te porque já tinha passado a padaria!
Ironia do destino ou não, agora que estava perto e que tinha mais tempo para estar contigo, tu não estás comigo...
